Os nove capítulos de A literatura em questão são compostos por reflexões a respeito da relação entre literatura e ética. A preocupação de fundo do livro é com a “responsabilidade literária”, isto é, com o modo como a instituição literária responde, ou se recusa a responder, a inquirições sobre as relações entre a literatura e os direitos humanos, a sala de aula, as discursividades indígenas, o luto, o racismo, a loucura e a violência. Nesse exercício, o interesse pela literatura advém da percepção de que ela é um território privilegiado para a dramatização de fantasias associadas à democracia, em particular a crença na possibilidade infinita de inclusão da alteridade e de sua assimilação sem atrito.
Front Matter / Elementos Pré-textuais / Páginas Iniciales | ||
Apresentação | ||
Parte I - Um “não” impossível | ||
1 - Além da literatura | ||
2 - José María Arguedas aquém da Literatura | ||
3 - Aspectos elementares da insurreição indígena: notas em torno de Os rios profundos | ||
Parte II - Das demandas à Literatura | ||
4 - O sacrifício da Literatura | ||
5 - Uma segunda esméria: do amor à Literatura (e ao escravizado) | ||
6 - Grafoterapia | ||
Parte III - Depois do fim | ||
7 - As mortes da Literatura | ||
8 - Futuros de Arguedas | ||
9 - Da violência, da verdadeira violência | ||
Post Scriptum - Autobiografias do começo de uma aula | ||
Bibliografia |